segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Jeans da segunda

Tem dias que o sol parece acordar com um quê de novidade. Você sente a mudança, percebe que o ar está mais leve, a vida faz um pouco mais de sentido, e os seus medos começam a se esvair... Nesses dias você corre para o guarda roupa, pensa em sair casual, pega o seu melhor jeans e se apronta para a vida.
Jocosamente, o velho jeans que estava ali o tempo todo no seu guarda roupa, que era parte de você, seu estilo, sua companhia, seu comodismo, hoje parece folgado, amarrotado, simplesmente não cabe mais em você. Não para sua configuração atual. Não para esse seu novo eu!
E você se pergunta:  o que aconteceu com o meu jeans favorito? Cresceu? Mudou? Ontem à noite ele estava perfeito, combinou com a blusa que ganhei sábado à noite. Quanta mudança em apenas vinte e quatro horas. É possível que essas mudanças sejam reais? Mas o que é realidade? Talvez seja esse o problema, combinar o novo com o velho. Costumo dizer que as mudanças ocorrem cotidianamente, aos pouquinhos, e, sem percebermos, estamos renovados, com gostos e aspirações distintas. Não que tenha ocorrido em apenas um dia, mas, foi apenas neste novo dia que a mudança se fez revelar...
Ah, as mudanças! A renovação! Se a gente bem soubesse abriríamos a porta da vida diariamente para o novo. Deixaríamos velhas atitudes de lado, desejos irrisórios, amores que consomem nossa energia, amizades que nos sugam, empregos que nos diminuem... Se corajoso fossemos, seriamos muito mais felizes!
E então, doce amiga, sem muito dilema, você percebe que o problema não está num simples tecido inanimado, mas nos seus tecidos, sem entender muito bem o porquê de tudo, cada célula sanguínea no seu corpo vibra por vida. Quer a emergência do novo, a delicadeza da realidade. É como se você acordasse em plena segunda-feira, e percebesse que é hora de mudar, hora de prosseguir, hora de parar de culpar os outros por seus erros, hora de virar o olhar em direção ao novo. Hora de deixar para traz antigos receios, relacionamentos que deram certos apenas no ontem, artigos ainda não terminados, antigas dúvidas....
E, como uma ingênua aprendiz, você para, olha em volta, sente a brisa leve da vida ao deslizar seus pés na areia do mar, e descobre o tamanho da mudança latente em que se transformou. Sem muita cerimonia, destrói antigos preceitos, inicia novas relações, veste seu melhor sorriso, e decide fazer o que há de melhor nessa existência – VIVER!


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