Atribuída a raios de beleza e luz
por poetas e pintores, a mulher abriga em si uma natureza regeneradora e
geradora de vida que é capaz de transformar o ambiente onde vive, com calma,
pressa, delicadeza e precisão. Ela é capaz de ser esposa e mãe, chefe e
subordinada, consegue atuar em diversas esferas do cotidiano, e, transpor os
mais difíceis desafios... Mas, há algo que não se consegue perceber nesses
percalços de sonhos... Onde e quando a mulher deixou de viver o seu ser? Em que
momento ela se perdeu de si e esqueceu com candura de seus anseios?
Chega até soar um pouco egoísta
tal proposta...
É difícil de compreender, pois,
as loucuras do mundo moderno nos remetem a nos perder de nós mesmo, perdendo
nosso eixo, ficamos a mercê da vontade de qualquer um... E sem vontade, a nossa energia geradora de
vida fica sem comando, desequilibrada, confusa, e termina por gerar doenças do
corpo e da alma.
Estatísticas mostram que há um
aumento gritante do câncer de mama em mulheres. E quem são essas mulheres?
Antigamente verificava a emergência naquelas com um pouco mais de experiência de
vida, nas sexta e sétima década especificamente. Hoje, as mais jovens estão
sendo acometidas. Aquelas que estão em pleno período produtivo, no auge da
forma feminina, no auge de sua capacidade intelectual. Em meio a tantos
compromissos, a tantas emoções, são inseridas em um contexto de vida robótico,
e, como máquinas, delegam a administração de sua força vital a qualquer
pessoa... Ou a ninguém.
Sem saber como lapidar suas energias, a
maioria das mulheres entram de corpo e alma em empregos que estão muito abaixo
de sua capacidade cognitiva. Submetem-se a relacionamentos que depereciam o seu
bem-estar emocional, e, vão aceitando o que a vida lhes oferece, sem
questionar, apenas acreditando ser o melhor... Será que de fato o é?
O que me inquieta, são todas as
mulheres que não pararam para se auto entender. Será que o estilo de vida atual
foi escolhido por elas em meio a tantas opções? Ou elas foram inseridas no
contexto pela força motriz da sociedade?
Se a decisão emergiu de uma
escolha consciente, confesso que isso me deixa feliz. Porque quando escolhemos,
estamos convocando toda nossa energia para acertar. Estamos sendo positivas.
Estamos nos lapidado. Acreditando na
possibilidade do bem evocamos as energias do universo e, se por um acaso
viermos a falhar, teremos energia em abundancia para recomeçar...
...
Apresento-lhes o meu mais novo trabalho: ‘’Mulher,
um encanto a desvendar’’, um espaço só nosso, criado para que possamos nos
sentir à vontade para falar das experiências cotidianas, medos, anseios e vida!
Qual meu maior objetivo? Tentar amenizar os efeitos de tantas doenças do corpo
e da alma que desenvolvemos sem perceber...
Sejam bem vindas!
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